quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nada em nós é segredo...

Vou contar-te um segredo. Eu sei o que sentes…
Não, não consegues esconder. Por muito que tentes.
Sei o que sentes a cada sítio que vás…
Sei cada desejo que por dentro te desfaz….
A tendência para que tudo te faça lembrar de mim…
E aí sentes um nervosismo que te consome sem fim.


ADMITE!
Tu desejas tudo como eu desejo.
SENTE!
Que eu sinto o mesmo quando te vejo.
ACORDA!
Estamos a tentar lutar contra o inevitável.
TU SABES!
Conheces o único final possível.
ASSUME!
Que cada palavra é uma verdade.
DESABAFA!
Fala-me dessa tua vontade.
EXPLICA!
Porque tentas fugir do teu caminho.
REAGE!
Transforma essa escuridão em brilho.


Como podes ver, nada em nós é segredo…
Dá-me a mão, vamos viver o futuro. Sem medo!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Labirinto de sentimentos.

Vagueamos ambos por um labirinto…sabes?

Um labirinto de emoções talvez…
ou um labirinto de certezas mais uma vez?
Saber o que se quer mas não saber se se quer…
saber a resposta, mas não saber responder.
Conflitos emocionais que sempre nos atingiram
algo só nosso, que os outros…nunca viram!
Mas porquê tudo isto, se foi tornado impossível?
Porque se deseja o que não nos é acessível?
Ah! Suspiram os corações. Os tristes suspiros…
por sabermos o caminho, quando queríamos estar perdidos.
Mas eu não posso puxar nada a que não te agarres…
nem posso pedir simplesmente que te arrastes…
para um mundo onde, naturalmente, tens medo de voltar…
onde até eu teria medo de te voltar a magoar.
Somos iguais, mas talvez de mundos diferentes…
parecemos o mesmo cérebro, com diferentes conscientes.
Mas o importante é o que de igual nos faz
e é o desejo que tanto mal nos faz…
que nos faz, que nos desfaz, que nos viola sentimentos…
que nos seduz quando estamos juntos, por momentos…

Mas… amar não chega…

Em todo o caso, eu vou-te vendo voar daqui de baixo, sabendo tu que terás o meu olhar sobre ti... a cada bater de asas…

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Conversa...

Hoje encontrei vida.
Encontrei um olhar profundo, um olhar marcante
Encontrei um sorriso, a serenidade,
e os sonhos de um viajante.



Diz-me então por onde viajas.
É fantasia?
Viajaras tu por entre a magia?
Ou viajas por sonhos de criança,
onde tudo dura o suficiente para haver esperança?

A esperança nunca deixou de existir
No olhar da menina que sabia sorrir.
Esse olhar hoje sorriu novamente
E trouxe a maior verdade em mim existente.


Define-me então a menina que há em ti.
Essa tal menina que hoje sorri.
Será um sorriso que se tornará constante,
ou um sorriso de apenas um instante?

O olhar sorri constantemente,
mesmo que a alma o lamente.
E este que vesti hoje,
é o sorriso mais verdadeiro que possuo.
O mais real, o mais puro.


Assenta bem o sorriso a essa menina feita mulher.
E o meu desejo é que ela sorria quando quiser.
Mesmo o meu ombro servindo para apoiar,
Quando a menina quiser chorar.

E esse ombro é do ser mais especial que tenho na vida.
É um Amigo. E esta é uma palavra sentida.
Um anjo feito homem, um homem feito poeta.
Que me deu Vida e me ensinou que a amizade pode ser perfeita!

domingo, 7 de junho de 2009

O último...

Perdi um amor que tinha, eu perdi esse amor
não há palavras, perderam o significado, a cor
as letras nao se ligam, ja nao formam palavras
ja nao há luz que me ilumine as passadas
ja resisto a qualquer folha de papel facilmente
ja nao pego numa caneta como antigamente
a tinta escorre sem contornos definidos,
uma simples mancha, que me mancha os sentidos.

Adeus, até ao dia em que possas voltar...
Até lá, eu não mais vou tentar!

O último, sentido.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Felicidade...

Sonho acordado, até ao minuto em que o sol se põe
depois o sonho é outro, que até a realidade sobrepõe
é algo mágico, isto que possuo na palma da minha mão
que me faz acreditar que isto não pode ser só imaginação.
Passo a passo sinto os pensamentos viajantes na memória
onde andas tu, com simplicidade, mas presença notória
vais e vens como um tempo incerto de acontecer
como sol cabisbaixo, quando espreita ao amanhecer
és realidade, és ilusão, és tudo e nada ao mesmo tempo
quando me deixo levar, tudo dura apenas, o momento
o tempo mínimo do nada, que voa para lá do olhar
é este vai e vem que me fascina, me faz relembrar…e sonhar!
Voo sobre nuvens pensadoras que pairam sobre mim
nuvens que fazem com que cada queda não seja o fim
mas o inicio de uma caminhada rumo ao que desejo
o olhar simples e confiante, mesmo quando já não te vejo.
És uma sombra que todos possuem dentro de si, escondida
e é por isso, sonho, que quem te encontra…sorri para a vida!

Tenho um sonho em mim que um dia hei-de concretizar
tenho um sonho em mim que me faz desejar …e sonhar

És estrela que me ilumina no pensamento mais cinzento
que me faz transcender a um universo menos violento
que me traduz a solidão em momentos de egocentrismo
em que balançamos entre a esperança e o abismo.
Fazes de ti mesma uma incógnita esperança desejável
que até tornas o ser insensível, no ser mais amável
és verdade, mentira, a difamação permanente
és quem desaparece, és quem explode de repente.
Nas asas da imaginação, planas de pessoa em pessoa
até consegues estar na cara de qualquer um que magoa
que fere, que humilha, que mata só porque lhe dá prazer
mas que no fundo não te possui, porque não tem amor de viver.

No fundo, sonho, é por ti que eu espero enquanto vivo
mas, sonho, vem lentamente, passo a passo, se te cativo.



( voltei... :) )

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Que mundo..


Todos os dias mal acordo tenho o pensamento inato
E é em folhas de papel que o meu sonho relato
Aquele sonho de um mundo perfeitamente colorido
Onde o mal seja negado e o bem seja erguido
Onde as pessoas possam lutar pelos sonhos em comum
Em que possamos dizer que é um por todos, todos por um
E lutar pela causa de um objectivo especulado
E no fim sentir a felicidade de o ter realizado
Aumentar a força interior dentro de cada um de nós
Fortalecer a auto-estima mesmo quando estamos sós
Sozinhos, trancados na noite com a solidão
Recolhendo cada pedaço quebrado do coração
Esta vida que é um puzzle com tantas questões
Em que a maioria das quais já percorre gerações
E porque é que ninguém nos responde às perguntas
Se o objectivo de um puzzle é as peças ficarem juntas?



Neste mundo criado com um objectivo universal
Resta-nos escolher o caminho do bem ou do mal
Será que era esta a vida que nós queríamos levar
Andar sempre com algo que nos possa preocupar
Ora a guerra, ora a fome e a miséria do nosso planeta
Com políticos a darem-nos as suas promessas da treta
E com elas dificultarem ainda mais as nossas vidas
É dinheiro prós bolsos sem promessas cumpridas
O egocentrismo domina o mundo em que vivemos
Quanto mais tempo é que nós cá estaremos?
Só queria ver-me a viver num mundo bem diferente
Onde não houvesse desconfiança de toda a gente
Um mundo onde todos se tratassem por iguais
Quer sejam crianças, adultos, doutores ou marginais
Eu desejo um mundo sem qualquer ódio nem ganância
Pena que do sonho à realidade seja uma grande distância!


(Escrito a algum tempo..)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tu e o teu eu.

Caminhas sozinho nesta estrada de vida
é sozinho, fugitivo, que procuras a saída
e enquanto caminhas, a luz faz de ti ser objecto
faz de ti tudo, faz de ti nada em concreto
faz de ti feiticeiro com toda a artilharia
um simples mago distante de uma terra divina
és pobre de espírito, maldito contratempo
quando fazes da solidão o teu maior sustento
porque é aí que tu rezas baixinho ao pobre crucificado
para que ele te estenda a mão e se mantenha ao teu lado
mas calado reparas nessa tua triste convicção
de te manteres fechado, perdido na ilusão
de que alguém te tire desse mundo de fantasia
vives fugido do dia para que a noite te sorria
abres caminhos na escuridão para fugir à luz
porque na verdade tens medo quando esta te seduz

Constróis muros, fronteiras e barreiras anti-medo
és a personagem principal do teu próprio enredo
de uma história triste que sozinho suportas
dentro do cerco onde insistes não construir portas
onde trancas a sete chaves um futuro ainda incerto
não deixando ninguém pisar o teu lugar de afecto
onde te deixas levar por uma monotonia imparcial
que te corrói veia a veia de uma forma mortal
até ao dia em que a força da luz entrará no teu mundo
e te fizer render num segundo, eterno vagabundo
fugido da vida urbana, quando a dor te atinge o peito
e te leva num corredor que te parece suspeito
indica-te a saída, a tua morada, o teu novo lar
dá-te a razão da vida, quando a morte tentava chegar.




05/01/2009




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